Holofote

Pestana e Ciro Gomes estão próximos de dividir o mesmo palanque em Minas Gerais

Ciro Gomes e Marcus Pestana devem anunciar aliança em Minas Gerais nos próximos dias (Foto: Divulgação-PDT/Agência Câmara)

Pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Marcus Pestana, caminha para dividir seu palanque no estado com Ciro Gomes, que teve seu nome homologado pelo PDT, durante convenção nessa quarta-feira (20), como candidato à Presidência da República.

A convenção tucana no estado, que vai referendar o nome de Pestana como candidato a governador, deve acontecer entre os dias 4 e 5 de agosto. Isso, no entanto, não deve impedir o anúncio antecipado da aliança entre PSDB e PDT em Minas Gerais.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, sinalizou a possibilidade de o palanque mineiro com Ciro e Pestana ser definido ainda nesta semana. As conversas, segundo ele, estariam num estágio consolidado e contaram com a participação do deputado federal Aécio Neves (PSDB).

Também otimista com a aliança, mas um pouco mais precavido, o presidente estadual do PDT, deputado federal Mário Heringer, considerou a negociação, de fato, bem avançada, restando apenas alguns detalhes já do conhecimento dos dois partidos. Ele concordou que o anúncio está próximo.

Confirmando a composição, o PDT deve ficar com a candidatura ao Senado. A vereadora de Belo Horizonte, Duda Salabert, é o nome defendido pela cúpula nacional do partido para a vaga. No entanto, a direção estadual pretende tê-la como puxadora de votos para a Câmara dos Deputados.

Dessa forma, Bruno Miranda, que também é vereador da capital mineira, deve ser o candidato do partido ao Senado. Ele esteve na convenção nacional do partido em Brasília ao lado de Mário Heringer.

Pestana ainda não definiu qual partido indicará o nome para vice. Em recentes entrevistas, ele tem defendido apenas que seja mulher, tendo inclusive feito sondagens. Já acenou com a possibilidade para Juliana Sales (Cidadania), vereadora de Nova Lima, e para a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino (Podemos).

Mas a definição deve mesmo ficar para as convenções. Segundo Pestana, “a etapa dos nomes virá após a configuração do arco de alianças e da consolidação de um programa mínimo”. O PSDB ainda conversa com o União Brasil e o Podemos.

Mesmo com a proximidade do anúncio da aliança com o PDT, certo por ora na composição encabeçada pelos tucanos é apenas o Cidadania, que integra a federação com o PSDB. Ainda assim, os dois partidos enfrentam um impasse no estado.

No último mês, o governador Romeu Zema (Novo) convidou o jornalista Eduardo Costa (Cidadania) para ser vice na sua chapa à reeleição. A proposta parece ter agradado o presidente do Cidadania em Minas Gerais, deputado estadual João Vítor Xavier.

Mas como o regramento da federação partidária exige que os partidos federados estejam, ao menos oficialmente, em uma mesma coligação, o embarque do Cidadania na candidatura de Zema depende do aval do PSDB. Ou seja, Pestana precisaria desistir da disputa, o que ele nega veementemente.

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