Conjuntura

Solução para inundações em Santa Luzia vai custar R$ 187 milhões

Funcionários fazem limpeza das ruas do bairro Santa Luzia após mais uma inundação (Foto: PJF)

As intervenções para resolver o problema de drenagem do bairro Santa Luzia estão orçadas R$ 187 milhões. O projeto desenvolvido a pedido a Prefeitura de Juiz de Fora prevê o alargamento e aprofundamento da calha do córrego Ipiranga que foi canalizada na década de 1970. As obras, segundo a prefeita Margarida Salomão (PT), podem ser iniciadas ainda neste ano e devem atravessar várias gestões.

Os recursos integram o projeto de financiamento de US$ 80 milhões (R$ 420 milhões) que o município pleiteia junto ao CAF (Corporação Andina de Fomento) – também identificada no Brasil como Banco de Desenvolvimento da América Latina. O pedido para realização do empréstimo está em tramitação na Câmara Municipal. A proposta será debatida nas comissões técnicas e em uma audiência pública.

Além do bairro Santa Luzia, o financiamento também contempla as obras de drenagem nos bairros Mariano Procópio e Democrata (R$ 80 milhões) e no bairro Industrial (R$ 80 milhões). As intervenções nos Linhares e São Pedro e na rua Cesário Alvim, com valores menores, completam o pacote das chamadas “grandes obras”.

Especificamente em relação ao bairro Santa Luzia, a prefeita informou que a intenção é começar as obras na parte onde o córrego deságua no rio Paraibuna. Durante conversa com jornalistas na manhã dessa quinta-feira (26), Margarida disse ainda que a licitação das obras pode ser iniciada tão logo haja autorização dos vereadores. Isso seria uma forma de adiantar o processo.

Para tentar agilizar a tramitação do pedido de financiamento pela Câmara Municipal, a secretária de Fazenda, Fernanda Finotti, disse que enviará um anexo com as especificações técnicas do empréstimo e os projetos das obras aos vereadores nos próximos dias. A demanda por mais informações sobre o processo como um todo tem sido recorrente no Legislativo.

Os vereadores querem avançar na questão da capacidade de endividamento do município, considerando o déficit do regime próprio de previdência social e os recentes empréstimo feitos por meio do Finisa (Financiamento para Infraestrutura e Saneamento). Outro receio envolve o risco de os recursos não serem suficientes para a conclusão das obras.

Quanto aos prazos, Margarida disse aos jornalistas que pretende iniciar as intervenções o mais breve possível, mas evitou prever uma data de término. Numa comparação com o projeto de retificação do rio Paraibuna, ela considerou que também as atuais “grandes obras” devem atravessar várias gestões municipais. O financiamento prevê cinco anos de carência e 25 anos para amortização.

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