Conjuntura

“Grandes obras” terão custo de R$ 336 milhões com contrapartida de R$ 84 milhões

O presidente da Câmara, Zé Márcio, presidiu reunião com vereadores, secretários municipais e engenheiros (Foto: CamaraJF)

O financiamento para a realização das chamadas “grandes obras” de drenagem em Juiz de Fora será R$ 336 milhões e terá contrapartida do município de R$ 84 milhões. Os recursos serão contraídos por meio de empréstimo junto ao CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e amortizados ao longo de 13 anos, após um período de carência de cinco anos e seis meses.

As informações com o detalhamento da operação financeira e das obras foram apresentadas aos vereadores e engenheiros pela secretária da Fazenda, Fernanda Finotti, e pelo secretário de Obras, Lincoln Santos Lima, na manhã dessa terça-feira (7) na Câmara Municipal. A perspectiva é de que as licitações para todas as intervenções sejam iniciadas em agosto deste ano.

Durante a apresentação do projeto “Juiz de Fora +100: Águas no Futuro”, Fernanda Finotti explicou que o adensamento populacional em Juiz de Fora aumentou cerca de 81% a partir de 1980.  Essa concentração de pessoas na área urbana não foi acompanhada por nenhuma obra de macrodrenagem. O que se fez nesse período, segunda ela, foram apenas ações de menor porte, ou paliativas, sem impacto estrutural.

É nesse contexto que a Prefeitura de Juiz de Fora considera como inadiável a retomada de obras estratégicas, pensando a cidade para os próximos 100 anos. A maior intervenção será feita no bairro Santa Luzia, com a ampliação e aprofundamento do Córrego Ipiranga, orçada em R$ 203 milhões. Em seguida aparece o projeto para evitar inundação do bairro Industrial, orçado em R$ 94 milhões.

A terceira “grande obra” envolve o córrego São Pedro próximo ao desague no rio Paraibuna na região do bairro Mariano Procópio. Os custos das intervenções serão de R$ 76 milhões. Na rubrica “Demais projetos” aparecem as redes de água pluvial na rua Cesário Alvim (R$ 17 milhões), na rua Padre Café (R$ 6 milhões), na rua Luiz Fávero (R$ 5,5 milhões) e a drenagem da bacia do bairro Granbery (R$ 10 milhões).

Vereadores questionam execução dos projetos e prazos das obras

Os vereadores questionaram os prazos para começo e término das obras e a capacidade de execução dos projetos com os recursos orçados. O secretário de Obras, Lincoln Santos Lima, informou que trabalha com a perspectiva de iniciar as licitações em agosto deste ano, caso os trâmites legais para liberação do financiamentos estejam concluídos.

Em relação aos prazos para conclusão dos projetos, o secretário especificou apenas que, no caso do bairro Santa Luzia, as obras devem durar no mínimo quatro anos. Um cronograma detalhado de cada um dos projetos deve ser encaminhado para a Câmara Municipal nos próximos dias.

Quanto à capacidade de execução dos projetos com os recursos orçados, Lincoln Santos Lima informou que a nova lei de licitações prevê mecanismos para evitar atrasos e paralisações das obras. A secretária da Fazenda, Fernanda Finotti, por sua vez, disse que o CAF (Bando de Desenvolvimento da América Latina) tem cronograma próprio para liberação de recursos de acordo com medições periódicas.

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