Conjuntura

É falsa a informação de que arroz orgânico do MST possui agrotóxicos

É falso que análises de laboratório da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) tenham atestado contaminação por agrotóxicos no arroz orgânico da marca Terra Livre Agroecológica, produzido por assentados do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), como afirmam publicações nas redes sociais. As análises mostraram justamente o contrário, que não há resíduos detectáveis de agrotóxicos nas amostras.

No comunicado divulgado em seu site, a UFSM negou as alegações das publicações com desinformações e declarou que a análise do produto foi confirmada em um documento oficial emitido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, que também não detectou vestígios de pesticidas nas amostras. Além disso, o MST emitiu uma nota repudiando as alegações veiculadas nos posts enganosos.

Em um vídeo que circula nas redes sociais há alguns meses e que recentemente ganhou notoriedade em Juiz de Fora, os resultados do estudo sobre o arroz orgânico realizado pelo Laboratório de Análise de Resíduos de Pesticidas da UFSM são distorcidos. O autor do vídeo desinformativo é o vereador de Porto Alegre Ramiro Rosário (PSDB), que fez as alegações durante discurso na Câmara Municipal.

A gravação mostra o político fazendo alegação falsa de que o Laboratório de Análise de Resíduos de Pesticidas identificou “mais que o dobro do mínimo detectável” de agrotóxicos em 54 insumos utilizados em defensivos agrícolas. A afirmação é completamente inverídica. Em consequência de suas declarações enganosas, no dia 29 de abril, Ramiro Rosário recebeu uma notificação da Justiça do Paraná para remover o conteúdo mentiroso de suas redes sociais, sob pena de uma multa diária de R$ 10 mil.

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