“O passado nunca está morto. Nem sequer é passado”.
Não há espaço para a ideia piegas de países irmãos: Portugal não fala por si, faz parte da União Europeia e tem que encontrar sua identidade Europeia; O Brasil tem que assumir seu papel de liderança na América Latina.
Nesse 5 de setembro de 2022, completaram-se 31 anos de um dos presentes mais memoráveis que já ganhei. Veio acompanhado de um bilhetinho em papel branco, escrito com a letra do meu pai.
Se esta civilização desaparecer e seus dispersos e bárbaros sobreviventes tiverem de recomeçar tudo desde o princípio – até que um dia também tenham seus próprios arqueólogos – estes hão de encontrar, nos mais diversos pontos do Brasil inteiro, aquela mesma caixinha. E pensarão eles que Mentos era o nome do nosso deus.
Aquela mesma Cambahyba, onde se incineraram corpos de vítimas assassinadas durante a ditadura; este mesmo MST, que doa centenas de toneladas de alimentos a quem, embora o futuro ex-presidente nunca tenha visto, tem, sim, fome.
Bolsonarismo não combina com confiança, transparência, ficha limpa e felicidade. Nem com relacionamento duradouro, porque o país não sobrevive por mais quatro anos com esse tipo de condução no executivo.
O misto de tanta coisa para dizer do muito que sinto e preciso dividir para seguir respirando, como a abordagem policial absurda, violenta e tão comum que foi incapaz de gerar na comunidade local a revolta que mereceria.
Seu Antônio Macário poderia ter inspirado o Velho das Barbas, personagem criado pelo escritor Edimilson de Almeida Pereira no livro infantil “O menino de caracóis na cabeça”.
Quando Jair Bolsonaro foi eleito presidente, em 2018, muita gente votou nele acreditando na novidade, no candidato de fora da política. Se a um grupo de eleitores falta informação, estudo e o que manda é…
I. No fim da manhã de 16 de agosto de 2022, uma terça-feira, o futuro ex-presidente esteve aqui. Apesar da iminência de sua chegada, o dia amanheceu ensolarado, o céu num tom pálido de azul….