Holofote

Em carta a Margarida, entidades e curso de arquitetura criticam condução da política urbana

Em Junho, Margarida anunciou a saída de Lívia Delgado da Secretaria de Planejamento Urbano e efetivou Raphael Ribeiro como novo titular (Imagem: Reprodução/Redes Sociais).

Em carta à prefeita Margarida Salomão (PT), representantes das principais entidades representativas de arquitetos e urbanistas e a direção da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) manifestaram que veem “com preocupação e certa indignação, o que parece ser a desfiguração da tão recém-constituída Secretaria de Planejamento Urbano”.

No documento, protocolado junto à Prefeitura de Juiz de Fora, o IAB/ZMV (Instituto dos Arquitetos do Brasil – Núcleo Zona da Mata e Vertentes), o IAB/MG (Departamento de Minas Gerais do Instituto dos Arquitetos do Brasil), o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de Minas Gerais e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF lamentam as recentes mudanças na estrutura de planejamento urbano do município.

O grupo questiona a “exoneração de arquitetos e urbanistas, substituídos por engenheiros civis sem formação específica nas temáticas urbanas (nos cargos de gerência e assessoria), além de transferências arbitrárias e a substituição da secretária por um profissional da engenharia civil sem a devida qualificação para um cargo de tamanha responsabilidade”.

Em junho deste ano, a prefeita anunciou a saída da arquiteta Lívia Delgado da Secretaria de Planejamento Urbano após um ano à frente da pasta. Ela foi substituída pelo engenheiro civil Raphael Lopes Ribeiro, que atuava como subsecretário da Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas. Desde que assumiu, Raphael tem promovido mudanças internas.

Ao término da carta, os representantes das entidades e do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF pedem abertura de diálogo “sobre a estrutura do sistema de planejamento urbano do município e a manutenção dos compromissos de campanha sobre a temática”. Procurada, a assessoria da Prefeitura de Juiz de Fora não se manifestou.

Confira a íntegra da carta aqui.