Conjuntura

Total de imóveis de Juiz de Fora no Airbnb cresceu 63% entre 2019 e 2022

A plataforma de aluguéis de curta duração Airbnb, sigla para a expressão “Air Bed and Breakfast” (Ar, cama e café da manhã), registrou um aumento de 63% no número de imóveis disponíveis em Juiz de Fora entre outubro de 2019 e outubro de 2022. Em Minas Gerais, no mesmo período, o crescimento foi de 60%. Em todo o país, o aumento foi de 69,4%.

O levantamento foi feito a pedido de O Pharol pela AirDna, plataforma que consulta os dados do Airbnb e de outras ferramentas de hospedagem online e os organiza em uma espécie de raio-x para análise do mercado imobiliário. Em um comparativo com os demais países monitorados pela AirDna, o Brasil foi aquele com a maior alta na disponibilidade de imóveis para aluguel de curta duração nos últimos anos.

Dos três principais mercados do Airbnb no Brasil – Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis – que representam quase 20% dos imóveis da plataforma no país, a capital paulista foi a que teve maior crescimento, com 41,4%, seguido por Florianópolis, com 39,9%. Mas o maior crescimento aconteceu fora desses principais mercados.

Em Juiz de Fora, segundo informações do AirDna, o número de locações disponíveis teve um salto em de 39% apenas 2022. Em novembro deste ano, existiam 336 imóveis disponíveis na plataforma Airbnb no município. Os modelos mais procurados por aqui possuem o mesmo padrão: apartamentos de um ou dois quartos nos bairros mais centrais. Esse perfil representa 70% de todas as propriedades.

Apesar de os proprietários do município estarem abertos para receber hóspedes, a demanda ainda é baixa. Com isso, o recente incremento na oferta de imóveis acabou fazendo com que a taxa de ocupação regredisse ao nível pré-pandemia. A baixa procura é um retrato do desafio enfrentado pelo setor de turismo em Juiz de Fora.

Enquanto as reservas de imóveis pelo Airbnb cresceram 65% entre 2019 e 2022 em todo o estado, a demanda em Juiz de Fora aumentou apenas 21% no mesmo período. A baixa procura aliada ao aumento da oferta faz com que a tarifa média praticada no município seja menor do que no estado. O preço médio da hospedagem na cidade foi de R$ 236 por noite.

Os dados da AirDna

Os dados disponibilizados nesta matéria fazem parte do banco de dados do AirDna e abrangem as propriedades listadas no Airbnb e/ou Vrbo (grupo Expedia). Em sua metodologia de análise, foram verificados quais imóveis estão duplicados nas listagens de ambos os sites, a fim de identificar e fornecer o real tamanho do setor.  

Madeleine Parkin, especialista em Relações Públicas da plataforma, destaca a magnitude do serviço oferecido pela empresa. “A AirDna coleta dados em mais de 10 milhões de propriedades em todo o mundo todos os dias.”

Além disso, a empresa faz parceria com softwares de gerenciamento de propriedades e hosts individuais, p que permitir acompanhar a atividade diária de reserva de mais de 1,5 milhões de aluguéis em todo o mundo. Madeleine Parkin explica que, desta forma, é possível usar algoritmos de aprendizado de máquina para identificar novas reservas em até um ano no futuro. 

* Estagiária sob supervisão de jornalista profissional.