Conjuntura

Pela segunda vez e em maior número, juiz-foranos vão às ruas em protesto contra Bolsonaro

Manifestantes tomaram as principais ruas do centro de Juiz de Fora (Fotos: Leonardo Costa)

Com a triste marca de meio milhão de mortes pela Covid-19 no país, centenas de pessoas tomaram as ruas da região central de Juiz de Fora em protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. As manifestações ocorrem menos de um mês após os atos de 29 de maio, que também atraíram manifestantes. Em todo o país, as vozes das ruas clamam pelo impeachment do presidente, por mais vacinas contra a Covid-19 e por auxílio emergencial.

Os atos foram convocados por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, torcidas organizadas e grupos envolvidos em causas como feminismo e antirracismo. O apoio de entidades e grupos em Juiz de Fora foi maior do que o ato anterior, assim como a presença das pessoas nas ruas. Performances de grupos e artistas circenses chamavam atenção dos manifestantes, que se concentraram no Parque Halfeld e, depois de descerem a Avenida Getúlio Vargas, dispersaram na Praça Antônio Carlos.

Ainda na concentração e principalmente durante o trajeto, vários oradores e participantes gritavam palavras de ordem como “mais vacina, menos cloroquina”, “fora, Bolsonaro”, e “genocida, sim”. A trágica marca de 500 mil mortos era lembrada de forma recorrente com gritos e por cartazes empunhados por manifestantes ou pendurados nas janelas dos prédios. Em todo o trajeto houve cautela quanto ao uso de máscaras e uso de álcool quando se compartilhava microfones e bandeiras.

Embora o ato tenha como pautas o impeachment do presidente, muitos valorizam o SUS e cobravam recursos para universidades e hospitais. A prefeita Margarida Salomão (PT) não participou dos atos. As vereadoras Laiz Perrut (PT), Tallia Sobral (PSOL), o deputado estadual Roberto Cupolillo – Betão (PT) e o ex-deputado José Luiz Guedes (PCdoB) discursaram na concentração. Bandeiras de PT, PSTU, PCdoB, UP e PSOL, além da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Sindical e Popular Conlutas estavam presentes no ato.

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