Conjuntura

Manifestantes de Juiz de Fora tomam as ruas contra Bolsonaro em terceiro ato consecutivo

Protestos tomaram as ruas centrais de Juiz de Fora (Fotos: Leonardo Costa)

Os juiz-foranos tomaram as ruas da região central de Juiz de Fora nesse sábado (3) no terceiro protesto consecutivo nos últimos 35 dias contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ato de hoje foi o primeiro após as denúncias de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19 entrarem na pauta da CPI no Senado. Esse mesmo fato também antecipou as mobilizações anteriormente marcadas para 24 de julho.

Os manifestantes iniciaram a concentração em frente à Câmara Municipal no Parque Halfeld por volta das 9h. Políticos de oposição, dirigentes de partidos políticos e sindicalistas aos gritos pediam o impeachment do presidente, acusado de genocida. Mais uma vez foi feita defesa do SUS e das universidades públicas. Também houve apelo por maior disponibilização de vacinas e pela volta do auxílio emergencial de R$ 600.

A prefeita Margarida Salomão (PT) não compareceu, como nas outras vezes. A novidade política foi a presença do presidente da Câmara, Juraci Scheffer (PT), ao lado do deputado e presidente estadual do PT, Cristiano Silveira, e do seu correligionário e companheiro na Assembleia de Minas, Roberto Cupolillo (Betão). Voltaram às ruas militantes de PT, PSOL, PSB, PDT, PCB, PCdoB e PSTU, além de estudantes de várias entidades.

 Pela primeira vez em Juiz de Fora, havia adesivos e cartazes com menções ao ex-presidente Lula como candidato em 2022. Imagens de notas de um dólar, em referência às denúncias de corrupção com superfaturamento nesse valor sobre cada dose, foram exibidas pelos manifestantes. Mais uma vez, muitos moradores de prédios e casas ao longo do trajeto exibiram cartazes e faixas contrários ao presidente.

Betânia Cortat Proba fez o percurso ao lado da mãe Luiza Cortat Proba, de 91 anos. “Há dois dias minha mãe vinha insistindo para participar por uma questão de cidadania”.  Outras mães e filhas presentes no ato criticavam o presidente pelos 522 mil mortos e pela demora na disponibilização de vacinas. A questão da econômica também foi alvo dos protestos, com faixas atacando a alta dos preços.