Polytheama

O revés da pandemia: Arteria, CasAbsurda e Uthopia saem de cena

Quando Noêmea da Silva Oliveira, de 32 anos, decidiu arrumar as malas e voltar para sua cidade natal, no mês de julho de 2020, ela estava recebendo um salário mínimo. Metade do valor era pago pelo proprietário do Café Muzik, onde Noêmea trabalhava como atendente, e o restante era complementado pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do Governo Federal. Com uma renda mensal de R$ 1.100,00 mensais, se tornou inviável a estadia em Juiz de Fora.

“Seria muito difícil continuar na cidade, porque seria praticamente impossível, em meio a toda a confusão da pandemia, arrumar um emprego de imediato. Como eu dependia de aluguel, eu voltei pra minha cidade natal, Ouro Branco, que é onde estou até hoje”, conta ela, que foi morar com a mãe pela facilidade de não ter que arcar com as despesas de uma casa.

Noêmea já deixou Juiz de Fora (Foto: Arquivo pessoal)

Noêmea era uma das moradoras da CasAbsurda, um espaço cultural localizado à Rua Barão de Santa Helena, no bairro Granbery. Ela dividia o valor das despesas do local com amigos e amigas, que, em sua maioria, trabalhavam também em bares, restaurantes e casas noturnas de Juiz de Fora, “lugares que tinham muito acesso do público e que foram imediatamente fechados”. A CasAbsurda também se mantinha com eventos como shows, lançamentos de livros, performances e outras atividades artísticas de grande valia para a comunidade juiz-forana.

“Por mais que fosse muito triste pra gente, precisávamos entregar a casa. Como ela era completamente grafitada, ainda tínhamos que arcar com os custos de pintura e consertos para entregá-la pra imobiliária. O último recurso de dinheiro que tínhamos, vindo de uma campanha de financiamento coletivo online e de um bazar com objetos nossos, pessoais, foi usado pra pagar esses custos finais”, explica Noêmea, completando que eles ainda tentaram se inscrever em editais de programa de apoio a projetos culturais, mas que não haveria tempo hábil para receber tais verbas.

Assim, eventos como a Exposição Coletiva CasAbsurda, a Roda Absurda, o Grafitti Absurdo e outros como saraus de poesia, shows e batalhas de hip-hop perderam um importante local de difusão da cultura urbana e do que Noêmea chama de “arte marginalizada”. E seus moradores, que trabalhavam colaborativamente na produção e promoção das atividades realizadas, perderam a moradia, visto que a empresa responsável pelo contrato de locação do imóvel não só não aceitou negociar o valor de aluguel como ainda propôs um reajuste, o que foi a pá de cal em uma história de 10 anos.

Uthópicos, nunca distópicos

Em Juiz de Fora, espaços como a CasAbsurda se tornam cada vez mais escassos, principalmente após os decretos municipais de fechar as portas de todo e qualquer estabelecimento que promovesse a aglomeração de pessoas. A pandemia pegou produtores e proprietários desses espaços de surpresa. Como o produtor cultural Guilherme Imbroisi, um dos fundadores do Uthopia, point para apresentações musicais localizado no bairro São Pedro, que se tornou o bar queridinho dos jovens descolados, e daqueles nem tão jovens assim, desde 2016.

O Uthopia foi um ambiente que surgiu, segundo Guilherme, “para permitir que os artistas de um polo muito potente, que é Juiz de Fora, pudessem oferecer o seu melhor sabendo que estariam sustentados por uma base sólida, colaborativa e que não objetivaria exclusivamente o lucro”. Ele explica que os valores de ingressos cobrados eram integralmente repassados para os artistas.

Guilherme Imbroisi: “Pandemia deixará uma lacuna enorme” (Foto: Raul Gonçalves)

Dezesseis pessoas trabalhavam diretamente no Uthopia no momento em que a casa fechou suas portas. De forma indireta, mais de 40. Guilherme conta que é difícil precisar a quantidade de funcionários envolvidos no projeto, já que, a cada evento, uma quantidade de mão de obra era contratada. Como exemplo, ele cita o UCA (Unidos da Cidade Alta), um bloco de carnaval organizado nas imediações do bairro São Pedro que empregou mais de 100 pessoas.

Em média, eram realizados no Uthopia de 240 a 250 eventos por ano. Cerca de 140 bandas se apresentaram no espaço, além de DJs, espetáculos teatrais e de dança, performances, entre outras atividades. “O Uthopia ressignificou a forma de diálogo com a classe artística, permitiu inúmeros encontros e criações coletivas. Nos chamavam de casinha pois era realmente a casa de muitos agentes culturais locais”, relembra Guilherme.

Uma semana após o início oficial da pandemia no Brasil, o imóvel, localizado na Avenida Presidente Costa e Silva, foi vendido e os proprietários do Uthopia estariam, portanto, à mercê de um novo contrato de locação. Este fator, somado à possibilidade da longa duração da pandemia, acelerou o processo do cerrar das portas do local, onde se apresentaram artistas como a MC e poeta Laura Conceição e as bandas Mauloa e Tatá Chama & As Inflamáveis.

“Vamos ter que reconstruir as pontes. Nada se perde, mas a pandemia deixará uma lacuna enorme. Artistas estão abandonando suas carreiras, técnicos de som trabalhando como motoristas da Uber… vai ser difícil restaurar o que tínhamos, mas esse é o cenário no país todo. Teremos que remar mais forte contra a correnteza”, acredita Guilherme, dando um fio de esperança para os fãs do Uthopia ao dizer que existe a possibilidade de o projeto voltar, porém com um novo formato.

Um negócio de família

Um dos sócios da Arteria, cujo endereço é o alto da Rua Chanceler Oswaldo Aranha, no bairro São Mateus, o também diretor de eventos e marketing da casa Luan de Carvalho Rocha reforça o comentário de Guilherme sobre o quanto é ruim para o cenário artístico e cultural juiz-forano o encerramento das atividades de tais locais. Luan ainda lembra que, além de artistas e músicos desamparados de lugares para expressão de suas artes, quem também ficará carente é o público. “Sempre fui frequentador de eventos culturais. Frequentei o Uthopia. Espero sinceramente que esses setores possam novamente se aquecer. Juiz de Fora já é uma cidade que tem por tradição a baixa valorização da arte e da cultural. Na Arteria, fazíamos um trabalho pesado de divulgação de artistas locais”, destaca Luan, que responsabiliza o poder público municipal por alavancar o setor e pensar em formas de amparo.

Assim como o Uthopia, a Arteria abriu suas portas no ano de 2016, mais precisamente na primeira semana do mês de agosto. Em 2021, seriam completados cinco anos de intensa atividade de um espaço que contava com dois segmentos principais: eventos artísticos e culturais, bar e restaurante; e a escola para crianças, dirigida por Carolina Simões, mãe de Luan, que tinha como foco o aprendizado através de oficinas de música, teatro, literatura que dessem destaque a elementos genuínos da cultura brasileira. A escola segue funcionando e a perspectiva é que se torne uma instituição de ensino oficializada, voltada para crianças de 2 a 7 anos de idade.

Luan conta que a Arteria foi criada por Carolina a partir de um sonho da mãe de ter um espaço cultural que pudesse promover e difundir a arte em Juiz de Fora. A proposta foi concretizada, com as inúmeras apresentações musicais e teatrais ocorridas no local, bem como lançamentos de livros e saraus de poesia. No sábado, shows. No domingo, rodas de samba. Tudo regado a muito chope artesanal, drinques bem gelados e gastronomia de qualidade.

A escola segue sendo administrada por Carolina Simões e pelo padrasto de Luan, Wesley. Já Luan e seus dois irmãos, Thales e Oliver, eram os responsáveis pelo segmento de eventos da Arteria. Para além de toda a família, a empresa ainda contava com 20 funcionários contratados, mais os profissionais freelancers convocados para eventos realizados dentro do espaço físico da Arteria ou fora dele, como blocos de carnaval, apresentações teatrais e feiras literárias externas. Luan conta que, em quatro anos, a casa realizou 801 atividades, um número bastante expressivo, em acordo com uma programação contínua de quinta a domingo. “Começamos o ano de 2020 no auge, com a casa constantemente cheia. Em fevereiro, chegamos a inovar fazendo bailes de carnaval. Vínhamos numa perspectiva muito legal. Colocamos muita energia ali e vinha dando certo”, ainda elencando aqueles e aquelas que se apresentaram na Arteria, nomes juiz-foranos como Eminência Parda, Lúdica Música, Roger Resende, Dudu Lima, Carlos Fernando Cunha, A Zagaia, entre muitos outros, e ainda artistas de fora como Cláudio Nucci, Cristóvão Bastos, Telo Borges e Estevão Teixeira.

De portas semi-cerradas

A semana do dia 17 de março de 2020 marcou a vida de muita gente. Sem ainda saber que rumos a pandemia iria tomar, se seria algo temporário ou se demoraria meses, muitos donos de estabelecimentos comerciais tentaram segurar as pontas através de entregas delivery. A Arteria foi um desses espaços, porém, segundo Luan, “as contas não fechavam”. Era preciso arcar com fornecedores, funcionários, contas e impostos.

Proprietário de uma das casas mais tradicionais da cidade, o Café Muzik, José Maurício Lemos conta que o espaço nunca havia sido fechado em seus 22 anos de existência. A não ser para o período de férias entre o Natal e a primeira semana de janeiro, o Muzik mantinha-se funcionando sistematicamente, com uma programação intensa que ia de quinta a domingo (em sua última configuração de programação semanal). Silvana Barbosa e Maurício são duas figuras ímpares da noite juiz-forana desde 1999, quando alugaram o casarão localizado na Rua Espírito Santo e o reformaram inteiro para inaugurá-lo no dia 25 de maio daquele ano e receber noites que se tornariam tradicionais em Juiz de Fora, como a roda de samba realizada às quartas-feiras em meados dos anos 2000 e início da década de 2010, as sextas, que contaram com uma presença maciça do público LGBTQIA+ por mais de 15 anos, e os sábados, com suas noites de rock.

Maurício diz que ele e Silvana não tinham como prever a duração da pandemia e tentaram apoiar seus funcionários com o programa do Governo Federal para manutenção dos empregos. Porém, em dezembro de 2020, com o fim do mesmo, a situação se complicou e acabaram por demitir seus mais de 10 funcionários. Além de Noêmea, entre eles estava Diego Rocha Dutra, o Dids, de 34 anos, que trabalhou no Muzik durante 11 anos, mas que acabou mudando de área profissional após o fim de seu contrato.

Depois de 11 anos, Diego Rocha Dutra, o Dids, pode não voltar para o Muzik no pós-pandemia (Arquivo pessoal)

Dids passou a frequentar o Muzik quando começou a produzir festas no local. A experiência lhe garantiu o posto de door e, em 2011, passou a participar da produção dos eventos realizados pela casa. Chegou ao cargo de diretor de marketing, trabalhando no escritório da empresa de Maurício e Silvana e acompanhando a produção e realização das festas. “No final, eu estava fazendo a pré, o durante e a pós dos eventos”, diverte-se.

Ele conta que, naquele março de 2020, todos ainda estavam muito perdidos com relação aos efeitos da pandemia sobre estabelecimentos como o Muzik. “Falei: se chegar a um status de não pudermos sequer abrir a casa, a nossa preocupação de manter o espaço aberto será a menor de todas, porque vamos estar mais preocupados em sobreviver”, relembra. Em mais ou menos duas semanas, em uma quarta-feira, todos chegaram para trabalhar já sabendo que a cidade entraria numa espécie de lockdown, com a oficialização por parte da Prefeitura do decreto de 17 de março de 2020 que determinava o fechamento de estabelecimentos como bares, restaurantes e boates. Dids lembra que Maurício convocou toda sua equipe e avisou que ele e Silvana “estavam impedidos de abrir até segunda ordem e que não havia previsão de reabertura”.

Após seis meses de redução da carga horária e de auxílio conjugado da empresa e do Governo, novamente Maurício os chamou para uma conversa com o intuito de acordarem a saída de todos, com os devidos direitos trabalhistas garantidos. “Pela longevidade do Muzik, temos uma tradição de ter um staff regular e que estava conosco há muitos anos. Tinha funcionário trabalhando com a gente há mais de 10 anos. Então foi doloroso, mas todo mundo foi bem compreensivo. Foi uma situação de força maior, imposta por uma emergência sanitária”, comenta Maurício.

Ao contrário da Arteria, que se adaptou durante meses a uma nova realidade através do  delivery de comidas, o Muzik não se adequou a novas propostas, como algumas casas noturnas o fizeram. A boate Rockett, localizada na Avenida Presidente Itamar Franco, por exemplo, após um longo tempo fechada, reabriu seu espaço como bar. O proprietário do Muzik observa que manter um cenário em que as pessoas precisem ficar sentadas, usando máscaras e com distanciamento social é algo complicado. No entanto, ele acredita que a casa ainda reabrirá enfrentando um período de transição.

Talvez, Maurício não possa contar mais com seus funcionários antigos, como Dids e Noêmea, já que o primeiro foi formalizado em novembro de 2020 numa agência como designer de anúncios e publicitário e ela, hoje, se encontra estabilizada em Ouro Branco. Noêmea, que é formada em Letras mas não exerce a profissão de professora, continua trabalhando como bartender e na administração de bares. “No mundo ideal, seria muito legal voltar, reabrir a CasAbsurda, fazer todo o rolê de novo, mas por enquanto vou continuar onde eu estou. Ainda está muito recente, nós estamos ainda engatinhando, voltando com a vida da gente aos poucos”, contemporiza.

Novas formas de sobreviver e a necessidade de apoio governamental

Assim como o do Café Muzik, o DNA da Avalon Music, casa noturna localizada na saída da cidade, na Avenida Deusdedith Salgado, é de balada. O espaço foi concebido, principalmente, para abrigar festas que aconteciam às sextas e sábados. E, eventualmente, para a apresentação de shows. Na visão de Jonas Ribeiro, sócio responsável pela operação e administração da Avalon, ainda não é possível reabrir a casa pensando na adaptação e seu funcionamento como bar. “Acredito que esse quadro irá mudar no cenário pós-pandemia. Focaremos mais nos shows e nos eventos terceirizados para outros produtores locais e nacionais”, reforça.

Inaugurada também no ano de 2016, a Avalon foi idealizada cinco anos antes, num momento, como aponta Jonas, que “vivíamos um crescimento do setor, principalmente no mundo sertanejo, que foi o foco da casa quando a inauguramos”. Em média, cerca de 60 pessoas trabalhavam nos eventos realizados por Jonas e sua equipe, entre funcionários de bar, seguranças, pessoal de manutenção e limpeza, promoção e bandas. Além disso, uma equipe fixa de oito pessoas operava diariamente na manutenção do espaço. Em três anos de existência, cerca de 300 eventos foram realizados na Avalon, o que, para Jonas, foi uma contribuição para “os artistas locais mostrarem seus trabalhos e tirarem seus sustentos com aquilo que amam fazer”. Um ano e cinco meses depois, sem nenhuma oportunidade de funcionar, a Avalon, assim como o Muzik, segue com as portas fechadas.

Diretor de eventos do JF Convention & Visitors Bureau, entidade representativa internacional que tem sua filial em Juiz de Fora, e representante da Associação de Produtores de Eventos de JF (APEJF), que ainda não é uma entidade formalizada, Jonas Ribeiro afirma que, durante a gestão do ex-prefeito Antonio Almas, houve um “total apagão pelo setor”, com a completa falta de apoio a empresários e estabelecimentos. Ele aponta que, na gestão da prefeita Margarida Salomão, “tivemos muita oportunidade de diálogo, mas as ações efetivas de apoio ainda foram pouquíssimas”.

Como representante do setor, Jonas explica que houve uma retomada dos eventos técnicos-científicos, corporativos e comerciais, bem como dos ditos sociais, como casamentos e aniversários, com a limitação de 160 pessoas quando a cidade se encontra na faixa amarela. Mas isso não é o bastante, pois é preciso ajudar a retomada de casas de shows, teatros, baladas e grandes eventos, nos quais a Avalon Music se inclui. “Já propusemos várias medidas como incentivos fiscais, redução da cobrança de IPTU e outras taxas cobradas”, argumenta.

José Maurício Lemos corrobora com a ideia de que a Prefeitura de Juiz de Fora precisa rever os apoios oferecidos. Ele entende que a pandemia pegou todos de surpresa, inclusive os governos estaduais e municipais. Porém, aponta que há uma falta de oferecimento de apoio. Ele defende, por exemplo, a isenção da taxa de IPTU para estabelecimentos que não estão em plena atuação. “Não entro em questão sobre a permissão do funcionamento, mas questiono a cobrança do IPTU no nosso caso. O normal seria que tivéssemos a isenção, pois a nossa atividade foi interrompida e ainda precisamos pagar impostos”, diz Maurício, informando que o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano do casarão onde funciona o Café Muzik gira em torno de R$ 10.000,00 por ano e que todos os acertos feitos com seus funcionários demitidos foram realizados com recursos próprios.

Avalon Music, que já recebeu Biquini Cavadão, voltará no pós-pandemia (Foto Pedro Henrique)

Já Luan de Carvalho Rocha, da Arteria, descredibiliza o Governo federal pela ausência de suporte efetivo às empresas. “É o Governo federal quem deveria ajudar a manter empresas como a nossa abertas. Eles não deram ajuda. Foram responsáveis pela destruição econômica e pelas milhares de mortes, através de seu negacionismo”, acusa. A Arteria, infelizmente e possivelmente, não reabrirá suas portas para eventos, pois todo o patrimônio de bar e restaurante foi vendido para sanar as dívidas e os membros da família que tomavam conta do negócio se separaram para construir outras perspectivas, no intuito, em especial, de manter a escola da Arteria viva.

O fato é que, como reforça Jonas, com “menos espaços abertos, haverá menos oportunidades para os músicos e artistas se apresentarem, menos opções de trabalho para as pessoas da área. É uma bola de neve. Difícil dizer como vamos reagir. Mas sou otimista e acredito que o humano é um ser que se adapta. Podemos dar a volta por cima disso”. O mais importante, para o representante do Café Muzik, é reconhecer que o setor de eventos e turismo está pagando muito mais caro do que outros. E que, a partir disso, é preciso tomar decisões compensatórias. “Seria irresponsável, do ponto de vista sanitário, abrir as casas noturnas. Eu não discordo do que a Prefeitura fez neste sentido. Ela própria foi pega desprevinida pela falta de previsibilidade. Mas a gente ainda espera o apoio da Prefeitura ao nosso setor”, salienta Maurício.

Enquanto o país aguarda todo o restante da população ser vacinada e os já vacinados esperam ansiosamente a segunda dose chegar, sabendo que estar imunizado não significa voltar às casas noturnas abarrotadas, Noêmeas, Diegos, Luans e Guilhermes seguem adiante. A velha frase clichê “o show não pode parar” deixou de fazer sentido durante a pandemia, pois, sim, o show parou. E, ao que tudo indica, o retorno das atividades das casas noturnas ainda sobreviventes ainda vai demorar. Restam somente os quesionamentos: “qual a cena que o mundo irá voltar no âmbito dos eventos? Vai ser gradual e lento? Não consigo ainda imaginar como será esse retorno. E ainda há a cabeça das pessoas no que diz respeito a socializar novamente. Como vamos sair e ficar de boa perto de um monte de gente? Muito louco pensar nisso agora?”, finaliza Dids.

Publicidade