Polytheama

Juiz de Fora na São Paulo de 22. De 2022

Lorraine Mendes e Tálisson Melo, com a artista greco-brasileira Gretta Sarfaty (Foto Lorraine: Arquivo Pessoal; Foto Tálisson: Adam Goodman)

Do latim: “curare”, etimologia da qual derivam os sentidos de cuidar, cuidado, atenção, diligência, zelo. Por isso, a palavra “curadoria” tornou-se aquela usada nos museus para nomear os profissionais de conservação dos acervos e coleções. “Mas o termo e a posição vão tomando vida própria. Entendo a curadoria como atividade mediadora entre o processo de criação da obra artística e o encontro com o público, uma espécie de tradução, que também rearticula e constrói sentidos. Pessoalmente, vejo essa possibilidade poética da curadoria, mesmo sabendo dos debates com relação a seu status de autoral. Eu procuro sempre conversar muito com as artistas com quem vou me lançar na ação de curar uma exposição. Ouvir e ver com atenção, talvez o curare do termo se situe aí na forma contemporânea do que é curadoria.”

Quem define, ou tenta definir, é o artista-curador-escritor-pesquisador juiz-forano Tálisson Melo, integrante da equipe de O Pharol e que acaba de montar, em São Paulo, como curador, a exposição Retransformações, de Gretta Sarfaty, que estreou neste 12 de março e fica em cartaz até o dia 21 de maio, no espaço auroras, na capital paulista. A mostra reúne obras inéditas da artista greco-brasileira Gretta Sarfaty criadas no final dos anos 1970.

Tálisson, que é graduado em Artes pela UFJF com concentração em História da Arte Moderna e Contemporânea na Universidad de Salamanca, Espanha, além de mestre em Artes também pela UFJF e doutor em Sociologia e Antropologia pela UFRJ, não é o único artista ligado a Juiz de Fora no centro do furacão da curadoria de artes visuais no Brasil. Formada em Artes e Design e mestra em História, ambos pela UFJF, além de doutoranda em História da Arte na UFRJ, Lorraine Mendes estreou no Sesc São Caetano como curadora da exposição Orí, do artista Ramo, em cartaz até o dia 31 de março. Do mesmo artista, Lorraine também é curadora da mostra #Vilão, exposta na Diáspora Galeria, em São Paulo, e que pode ser visitada até o dia 25 de abril.

“Penso curadoria como aquele momento de pesquisa e seleção sobre um artista, sobre um conjunto de obras ou sobre um tema que se materializa na exposição e que tem uma relação muito forte com a narrativa”, considera Lorraine. “É a curadoria que define como uma determinada história vai ser contada, quais os elementos que vão compor aquela história. Algo que exerce essa comunicação, pensando uma curadoria de arte, com quem vai visitar a exposição, com o público em geral. Tem esse propósito da comunicação, mas tem também uma possibilidade pedagógica. Então, penso curadoria como isso: pesquisa, seleção, um elo entre arte e educação, e comunicação, sobretudo.”

Outra forma de pensar e fazer arte

Traduzir, narrar, comunicar são verbos carregados de desafios. Curar, talvez, ainda mais, porque atravessado por significações profundas. Afinal, a arte dói ou cura? Traduz uma realidade ou conta uma história? Comunica sentidos ou os embaralha? Nada disso ou todas as alternativas?

“Meu processo como curadora começa com a pesquisa do doutorado, quando seleciono quais artistas vou pesquisar, para quais obras desses artistas vou olhar. Comecei a entender que, apesar de se organizar num texto, eu também estava fazendo uma curadoria”, reflete Lorraine Mendes. A partir disso, a artista e pesquisadora buscou o curso Imersões Curatoriais, da Escola Sem Sítio, no Rio de Janeiro. “Tive minha primeira curadoria presencial exatamente com a exposição Orí. E, depois, com a exposição #Vilão, do mesmo artista, o Ramo. Junto ao desenvolvimento dessas duas exposições, veio o convite da Galeria Diáspora para fazer uma curadoria dentro da Feira Equinox, na Argentina. A partir do momento em que comecei, as coisas foram se conectando. E os artistas com quem trabalhei nessas três curadorias são artistas racializades, negres e indígenas, e que têm uma relação muito forte com a minha pesquisa teórica do doutorado.”

A imersão curatorial de Tálisson Melo também vem de sua trajetória como artista visual. “Não me identifico como um curador e ponto final. Eu me entendo ainda como um artista, que faz pesquisa contínua sobre arte, tanto historicamente quanto sociologicamente, porque tenho muito interesse em entender como a arte tem seu papel na construção de sentido da realidade, mas também como outros elementos extra-artísticos têm papel na construção dos valores do artístico, até definindo o que pode ser considerado artístico ou não”, destaca.

“Minha experiência com curadoria, montagem de exposição, vem muito da minha inserção no mundo da arte enquanto artista. E de perceber que estou ali, no meu ateliê, no meu canto, fazendo minha obra, tendo referência, discussão com outros artistas, lendo sobre outros artistas e todo um mundo interior, mas que, quando a obra vai para o mundo, ela vai por meio de uma exposição, principalmente.”

Tálisson estreou como curador em Juiz de Fora, no evento JF Foto 15, convidado pela artista Carolina Cerqueira, para conceber, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, a exposição da série de fotos Dessemelhança Construída” premiada no evento, embora anos antes, entre 2007 e 2009, em parceria com a artista Mônica Veiga, também tenha trabalhado na montagem de exposições dos trabalhos dos dois em espaços como a Livraria Quarup. O encontro de Tálisson e Carolina, porém, aconteceu em 2009, também bem antes do JF Foto 15, quando propuseram um trabalho para o primeiro edital Carne Fresca, uma revelação de jovens artistas na cidade, no espaço de arte contemporânea Hiato. A obra selecionada, no entanto, foi de Tálisson, e não da dupla.

“Foi muito complicado pensar como essa curadoria fazia uma seleção completamente arbitrária e que não se relacionava com o que eu produzia na época. Era uma obra já de três anos anteriores. Mas a Carol me incentivou e aceitei expor pela visibilidade. Aí, quando essa obra está na exposição, a gente tem que responder sobre o sentido que ela projeta. E aquilo começou a me incomodar bastante. Me recolhi enquanto artista visual, parei de propor obras para exposições, e comecei a procurar estudar quem são curadores, quem são essas pessoas que definem o que vai entrar e o que vai sair.” Anos mais tarde, na Espanha, o artista fez um curso sobre curadoria no Centro de Arte Reina Sofia. “Foi um momento de virada para entender quem são essas pessoas, a implicação das escolhas delas sobre a carreira de artistas e também sobre a historiografia da arte.”

Todo poder, mas ao diálogo e ao coletivo

Da figura do curador como um ser todo poderoso que define o que é ou não artístico e digno de ser exposto ao público, imagem que talvez figure no imaginário de muitas pessoas (e, por que não dizer, no ego de muitos curadores), pode-se aqui falar de um outro tipo de curadoria, centrada no diálogo, justamente no que Tálisson definiu como a atenção ao ver e ouvir.

Lorraine enxerga por uma perspectiva semelhante. “O processo de curadoria da Orí apresentou desafios específicos, porque foi uma curadoria desenvolvida durante a pandemia. O Ramo, o artista com quem trabalhei, é de Mauá, em São Paulo. Nós não nos conhecíamos pessoalmente, de trabalhar juntes. Nos vimos uma vez, rapidamente, numa passagem dele aqui pelo Rio, mas foi algo que a gente foi construindo e buscando uma aproximação pelo ambiente on-line. Então foram muitos áudios, muita conversa, muito bate-papo, envio de arquivo, trocas… E a gente criou uma proximidade”, conta.

“Eu tenho como proposta, sempre que vou pesquisar para trabalhar com um artista, ouvir esse artista. Penso que é algo que eu faço junto. Não falo de, falo com. Então, trabalhei com o Ramo essa curadoria, escutei quais eram os desejos dele para a exposição, porque as duas foram as primeiras individuais dele, em espaços importantes, como o Sesc São Caetano e a Galeria Diáspora, em São Paulo, dentro da Casa Preta Hub. O processo foi facilitado pela generosidade do artista e por essa troca que, apesar da distância física, a gente conseguiu criar. Um afeto, um laço.”

A jornalista Ludimila Fonseca, formada pela Faculdade de Comunicação da UFJF e mestranda em História da Arte na UFRJ, é mais uma inserida já há alguns anos na cena artística paulista e que repensa a voz do curador. Ludimila foi uma das curadoras assistentes da exposição Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil, que pode ser vista do Sesc 24 de maio até o dia 7 de agosto. A exposição reflete sobre a noção de “arte moderna” no país e do pretenso protagonismo paulistano com a Semana de Arte de 1922.

“O projeto de Raio-que-o-parta já foi pensado coletivamente. No começo, eram quatro ou cinco curadores e aí depois, ao longo do processo de pesquisa, com a pesquisa se expandindo, percebeu-se a necessidade de chamar mais gente. Uma vez que o projeto ia mesmo sair do papel, foram contratados outros três curadores assistentes, e foi nesse momento que entrei”, explica Ludimila.

“Essa coisa da curadoria individual e dessa figura centralizadora do curador como esse personagem de autoridade e decisão é uma coisa que a gente está começando a questionar. E é preciso fazer isso. Pensar outros modos de exibir, outros modos de conduzir a pesquisa para que a gente tenha um resultado final no espaço expositivo que seja mais diverso”, opina. “É um momento importante de a gente tentar descentralizar e abarcar o maior número de backgrounds possível, o que é impossível conseguir fazer sozinha. Por outro lado, não é um processo fácil. Não só pela questão de organização, mas porque a gente tem limitações orçamentárias, de espaço, de tempo… limitação dos encontros.”

No caso de “Raio-que-o-parta”, como comenta Ludimila, a ideia era discutir o modernismo para além de São Paulo. “A questão era: esse cânone que a gente tem na nossa história da arte foi escrito por uma elite paulistana, intelectual, pessoas em sua maioria brancas, com uma ideia muito clara de criar o que seria a ‘verdadeira’ arte brasileira. Mas o Brasil, como a gente bem sabe, é um território continental totalmente diverso, então a ideia era que a gente tivesse pesquisadores especializados nas cenas regionais, locais. Não no sentido de que isso é separado do todo, mas no sentido de que é impossível uma pessoa conhecer tudo. Até porque a gente não tinha tempo ou verba para viagem. Então, era interessante que cada um chegasse com a sua colaboração”, ressalta.

Ludimila acrescenta que o processo de uma curadoria coletiva não parte do princípio de que as pessoas vão concordar. “Pelo contrário, é um processo que admite o questionamento, a falta de concordância absoluta, que investe no debate não para propor respostas, mas para transparecer que essas dúvidas existem e que precisam ser discutidas ainda mais. Então, Raio-que-o-parta não é uma exposição — e esse nome veio muito daí — em que a gente precisa juntar todos esses pedaços, dar um sentido para cada um desses pedaços que formam esse todo que a gente tem aqui no nosso território.”

A jornalista e pesquisadora considera que as curadorias coletivas são um processo individual também, em que cada pesquisador aprende sobre o processo de trabalho do outro, podendo desenvolver ou assimilar outras noções para o próprio trabalho, e, ao mesmo tempo, fazer concessões. “Dentro da nossa limitação de tempo, de orçamento, de espaço, enfim, de Brasil, muitas vezes a gente tem que falar: ‘ok, não vou colocar isso, para que fulano possa colocar outra coisa’. Esse exercício de diálogo é superimportante, porque não fica só no plano das ideias, fechado no processo da curadoria, mas transparece totalmente no espaço expositivo. Quando a pessoa está no espaço da exposição, fica muito claro que não é uma exposição de arte moderna, entre largas aspas, tradicional. Ali a gente está fazendo aproximações, distanciamentos, gestões que dizem respeito a tudo o que foi discutido e a toda a bibliografia que a gente conseguiu levantar. Então, embora seja custoso, trabalhoso, é uma possibilidade de trabalho que corresponde às demandas sócio-culturais e econômicas que a gente tem na atual conjuntura, no mundo todo, mas especialmente aqui.”

Artes, no plural

Pelos olhares de Tálisson Melo, Lorraine Mendes e Ludimila Fonseca não se enxerga Arte, essa entidade maiúscula e intocável, mas artes, plurais e múltiplas. Para Tálisson, há muito de fisicalidade na montagem de uma exposição. “A experiência de curadoria tem um envolvimento físico que não é só muscular, da montagem, mas também porque conceber as exposições no espaço diz de um conhecimento que a gente vai adquirindo na medida em que visita muitas exposições. E isso em diferentes escalas, em espaços que foram feitos para serem expositivos e espaços como esse de agora, no auroras, que era uma casa, uma residência modernista que foi transformada num espaço expositivo e que teve algumas adaptações para esse fim, mas que, ao mesmo tempo, exige determinadas soluções espontâneas”, relata.

“É preciso chegar com o plano expográfico, baseado na planta, mas também chegar com as obras e ir vendo na hora o que dá jogo com a iluminação, centrando muito numa proposta de leitura dos trabalhos. Especialmente nesse caso, que é a Gretta Sarfaty, uma artista que tem 50 anos de carreira, com uma produção contínua, e que tem um eixo conceitual muito ligado ao body art, ao feminismo, mas não abandona mídias tradicionais como a pintura, o desenho e a gravura, e dialoga com a performance, com o vídeo, com instalações, com fotografia.”

Já em Orí, Lorraine teve uma experiência completamente diversa, à distância. Um dos desafios, segundo ela, foi “curar as obras sem vê-las presencialmente, sem ter contato com a matéria”. “Foi uma curadoria em que eu tive que confiar nas informações que o artista estava me passando, sobre cor, tamanho… As relações que eu montava entre os objetos passaram por ele, eu escutei o que ele tinha a me dizer sobre isso.”

Por sua vez, a  experiência coletiva contribuiu para que Raio-que-o-parta, nas palavras de Ludimila, não seja uma exposição que tenta dar um panorama cronológico ou organizar a cena modernista no Brasil. “Pelo contrário, é uma exposição que bagunça com a ideia de unidade da arte brasileira como algo representado por um grupo de artistas seleto que fez uma coisa muito específica e, a partir daí, rompeu com tudo, o que, absolutamente, não é verdade”, enfatiza.

“Tem obras que vão desde o final do século XIX até final dos anos 1950, de todas as regiões do Brasil, de praticamente todos os estados, e elas vão lidar com a ideia não só do movimento artístico, mas da modernidade pensada a partir da noção de progresso. Era mais que um movimento dos artistas; ali existia um movimento político, econômico também, que entendia o Brasil como um território atrasado que precisava se modernizar. Mas esse progresso a qualquer custo trouxe resultados muito precários, ou ruins mesmo. A gente pode pensar desde o que isso resultou para o meio-ambiente, com o ecocídio, a transformação das paisagens, a segregação urbana, como que as cidades foram pensadas nesse momento, até questões de apropriação cultural, étnico-religiosas. De onde, de fato, vieram essas referências e quem acabou se tornando a referência.”

Exposição Orí, Sesc São Caetano

A arte está em São Paulo?

No centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, O Pharol questionou a centralidade de São Paulo e a construção histórica a posteriori pela qual o evento paulistano se tornou uma referência de ruptura artística como se representasse, e como se isso fosse possível, todo o Brasil. Mas por que, então, se sabemos disso, ter pessoas ligadas à Juiz de Fora cidade atuando como pesquisadoras e curadoras na maior metrópole do país ainda chama a atenção?

“Ainda hoje a gente vive essa concentração dos processos e atividades artísticos em São Paulo. E isso não começou hoje. Raio-que-o-parta está trazendo essa noção mesmo de protagonismo de São Paulo, que muitas vezes vem com esse subtítulo de ser uma cidade onde existem oportunidades, infraestrutura, dinheiro, ao passo que nos outros lugares do Brasil isso não acontece. Mas vale, antes de mais nada, a gente ressaltar que, embora a visibilidade de São Paulo seja maior e ofusque o resto do Brasil, todos os outros lugares produzem muito. Tem artistas, produtores, curadores, pesquisadores que estão constantemente, apesar da falta de recurso ou de estrutura, produzindo materiais valiosíssimos, seja pesquisa, obra, espetáculo, o que quer que seja”, defende Ludimila.

“Eu não tinha uma relação anterior com a cidade ou com o estado de São Paulo. Mas foi justamente um artista e espaços de São Paulo que me deram as primeiras oportunidades de desenvolver meu trabalho como curadora”, pondera Lorraine. “A gente tem que olhar para outros lugares que não Rio e São Paulo. Existem outros artistas, exposições, profissionais, pesquisadores, curadores e outros espaços para se realizar trabalhos como esse, mas entendo também a importância do eixo Rio-São Paulo para o sistema de arte, a gente achando isso justo ou não. Eu não acho justo que se concentre em Rio e São Paulo, mas foi em São Paulo que tive a oportunidade de trabalhar como curadora, foi a partir desse convite. Então entendo uma importância desses espaços como uma estratégia de quem não é desses lugares — não sou do Rio nem de São Paulo —, principalmente uma curadora negra como eu.”

Lorraine lembra que, “se a gente pensa quem são os curadores negres no país, a gente consegue citar alguns nomes, mas a gente sabe que o sistema de arte é brancocêntrico e essa é uma atividade majoritariamente desempenhada por pessoas brancas, que têm uma abertura maior, como em todos os campos de uma sociedade extremamente racista. Então, penso que começar minha atividade de curadoria em São Paulo é também abrir portas. E essas portas não devem ser abertas só para mim, a partir da minha ação. A intenção é que, ao conhecer esses lugares, ao pisar em São Paulo como trabalhadora das artes, eu consiga abrir espaços para meus companheiros de pesquisa, principalmente pessoas racializades.”

Tálisson diz não saber ainda qual o impacto que terá em sua trajetória profissional o fato de ter podido concretizar o projeto de curadoria com a exposição da Gretta Sarfaty. “Para mim, isso se apresenta ainda como um horizonte de possibilidades bem incerto, nebuloso. Em geral, vejo como mais um passo, mais um resultado de um trabalho que venho desenvolvendo há anos e em várias frentes: produção de obras, organização de eventos e livros, pesquisando, escrevendo, circulando, participando de editais, residências, seminários etc. Mas em momentos parece que uma exposição desse alcance pode acelerar demais as coisas. Às vezes para o bem, às vezes para o mal. Ainda não sei!”

Serviço:

Retransformações, de Gretta Sarfaty. Local: auroras (Avenida São Valério, 426, São Paulo/SP). Até 21 de maio.

Orí, de Ramo. Local: Sesc São Caetano (R. Piauí, 554, Santa Paula, São Caetano do Sul/SP). Até 31 de março.

#Vilão, de Ramo. Local: Galeria Diáspora (Avenida Nove de Julho, 50, Bela Vista, São Paulo/SP). Ate 25 de abril.

Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil. Local: Sesc 24 de Maio (R. 24 de Maio, 109 – República, São Paulo /SP). Até 7 de agosto.