Um ano antes de morrer, a rainha Elizabeth 2ª foi aconselhada por médicos a parar de beber diariamente. Uma “lei seca” no Palácio de Buckingham, segundo traduziu a Vanity Fair. Com 96 anos, Elizabeth tomava Martini seco com gin – o famoso dry martini – todos os dias antes do almoço. Infalível!
Mas a partir de então, copo cheio para a monarca só em ocasiões especiais, e a medida de cortar o consumo seria para ela se preparar para sua agenda ocupada e para as celebrações do Jubileu de Platina, em junho deste ano.
Além do Martini matinal, a monarca também era chegada a uma taça de vinho doce e uma taça de champanhe antes de dormir. No último caso, são oito marcas com o selo britânico Royal Warrants, para fornecedores da família real: Bollinger, Lanson, Moet & Chandon, Veuve Cliquot, Laurent Perrier e Krug – fornecedores regulares para a Casa Real por vários anos. Contendo menos calorias do que o vinho e, segundo estudo científico ideal para auxiliar a memória (a menos que você beba demais, é claro!), era o champanhe a bebida preferida da rainha.
Sua Majestade ainda adorava Dubonnet (um aperitivo doce à base de vinho e gim) com uma fatia de limão e um monte de gelo. Toda bebida para ela, aliás, deveria ter um toque de limão. Uma prática quase tão (ou mais) velha quanto a monarquia, a mais antiga forma de governo, ainda em vigor em alguns países. Nessa modalidade, o rei/rainha se mantém no cargo até a morte ou até abdicar à condição, porque o regime é hereditário. Assim como também foi o gosto de Elizabeth 2ª pelo mé.
Sua mãe, Elizabeth 1ª, era afeita ao hidromel, que é uma espécie de vinho à base de mel. Ela costumava beber durante todo o dia. Mas antes do almoço, Elizabeth 1ª tomava o Dubonnet.
A bebedeira no Palácio vem de muito mais longe ainda. A Rainha Vitória governou a Inglaterra entre 1837 e 1901 movida a uísque, muitas vezes misturado a outras bebidas, como refrigerante, chá e clarete, que é um tipo de vinho branco. E segue o baile real e aquela dúvida que paira no ar entre os amantes de um bom drink: o álcool pode, sim, ter sido o segredo para uma vida tão longeva e saudável?
