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O retorno

Alguns voltam por bem, outros por necessidade, resta saber de quem.

Aos religiosos há sempre a parábola do filho pródigo, que vagabundou pela vida e foi celebrado pelo pai quando voltou. A cigarra insiste nessa metáfora com a formiga, mas não cola.

Na Fórmula 1 tem retornos que funcionam muito bem. Michael Schumacher aposentou na Ferrari, foi jogar bola, esquiar e correr de kart, até que a Mercedes, com o Niki Lauda, o chamou de volta. Correu três temporadas, regulou o carro e depois de sair ganhou seis títulos, um com Rosberg e cinco com Hamilton, que sentou no carro do heptacampeão para ser como ele, em números.

Fernando Alonso voltou para brincar e acabou passando a perna na Alpine para acertar o carro da Aston Martin, onde se deu bem ano passado. Agora estão pensando em trazer Sebastian Vettel de volta da família, mas parece que ele não quer.

Ricciardo voltou, quebrou o braço quando começava a mostrar serviço e desde então é alvo de todas as críticas de todos que estão com vontade de aparecer no show da Fórmula 1. Daniel Ricciardo, como Valteri Bottas desde que saiu da Mercedes, são essenciais aos bastidores para mostrar que há carisma atrás daqueles volantes.

O Lula também voltou, e nem era para ter voltado, mas o Brasil andou tanto para trás desde 2016 que ter o Lula é um avanço. Estávamos mais para Jânio Quadros. Vamos ver o que se consegue caminhar nessa Frente Ampla, porque o Império Romano foi tão amplo que acabou por isso.

E esta coluna está de volta, resta saber se por necessidade do autor ou do leitor. Ou de ninguém.