A crise envolvendo o canil municipal ainda vai render alguns desdobramentos. Na última semana, a veterinária Rondônia Muniz pediu exoneração do Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Saúde, após operação da Polícia Civil para apurar denúncias de superlotação e maus-tratos no local.
Para o seu lugar, a prefeita Margarida Salomão (PT) indicou o protetor de animais, ativista e resgatista, Átila Torquato. A solução foi bem recebida pelo segmento, mas não conseguiu conter os efeitos colaterais. A primeira repercussão não prevista se manifestou na sexta-feira.
O líder do Governo na Câmara Municipal, Marlon Siqueira (PP), esperava a indicação de Miriam Neder de Assis Falce, responsável pelo Departamento de Saúde Animal nas gestões Bruno Siqueira e Antônio Almas e atualmente lotada em seu gabinete. Com o impasse, ele já comunicou o propósito de deixar a liderança governista na Casa.
O vereador mais cotado para assumir a função de líder é João Wagner (PSC). À frente de pautas importantes para o Governo, como a reestruturação legal do Museu Mariano Procópio e a transferência para o Legislativo da prerrogativa de tombamento de bens públicos, o militar reformado tem bom trânsito em todos os grupos da Câmara Municipal.
Caso assuma a liderança, João Wagner terá como primeiro desafio debelar a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentada pelo vereador Sargento Mello (PTB) para apurar possíveis irregularidades no canil municipal. O pedido já conta três das sete assinaturas necessárias para começar a tramitar.
Audiência pública vai discutir situação dos contratos temporários na educação
O vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal-PSL) apresentou pedido para realização de audiência pública para tratar da situação dos profissionais da educação com contratos temporários. Ele quer debater as circunstâncias em que se deram as contratações para o ano de 2022, bem como os critérios adotados.
O proponente requer a convocação da secretária de Educação, Nádia Ribas, do secretário de Recursos Humanos, Rogério Freitas, e da secretária de Governo, Cidinha Louzada. Também propõe que seja convidado representante do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF).
De acordo com Pardal, a motivação da audiência se deve às reiteradas reclamações de professoras e professores que, embora tenham sido selecionados nos processos dos últimos anos, não conseguiram se classificar para o ano de 2022. Também há relatos de dificuldades e equívocos em parte do processo realizado pela via eletrônica.
Com a confirmação pelo Ministério da Educação, na última semana, do reajuste do piso nacional do magistério em 33,24%, a forma como se dará a adequação dos contratos ao novo valor também será abordada. O próximo período legislativo começa no dia 14 de fevereiro. Caberá ao presidente da Casa, Juraci Scheffer (PT), agendar a audiência.