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Fé na Educação

Em uma sociedade com Educação e Saúde bem cuidadas tudo fica mais fácil. Por Saúde temos a física e a mental; por Educação, a curricular e a política. E mais das duas, mas deu pra entender que são termos amplos. Como amplo é o cuidado do governo federal pelos dois assuntos, que estão sempre no teto dos investimentos, como estipulou a Emenda Constitucional 95. Teto dos gastos é como chama.

No quesito Saúde estamos faz tempo no G7 (G2, na verdade) de mortes por Covid e já em vias de transformar, por decisão interna do Ministério da Saúde, uma pandemia declarada mundialmente em endemia. E se a onda da nova variante já cresce pela Europa, aqui vai ser só uma marola. Assim sendo, precisamos falar mais é de Educação.

Todo professor tem uma profissão de fé. Se ele vai tentar alfabetizar ensinando o trabalhador da construção civil a escrever tijolo ou neve, é discussão pra Paulo Freire, não pra Ministério da Educação. O que importa é educar a criança. Ou o adulto. Educar, para muitos, é só ensinar a ler. Juntou as letras = leu. Leu = tá educado. Mesmo se fosse isso, não é fácil, por isso a revolução na Educação está em vias de acontecer.

O salário do professor, ao que tudo indica, deixará de ser sobra de dízimo pra ser pago a peso de ouro. E aqui a referência nem é dos 33,24% devidos, que é uma questão legal definida pelo Congresso e não pelo Bolsonaro. Como foi o auxílio emergencial, existente pelo mesmo processo e contra o qual o presidente se manifestou.

Atentos aos projetos de mercantilização da Educação, os políticos já substituíram as propostas didáticas, as expectativas de aprendizagem e os planos de ensino por metas. Simples e diretas metas. Cumpriu? Parabéns. Não cumpriu? Alguém com salário mais baixo que você vai cumprir.

Assim consegue-se empregar mais gente em pouco tempo, num pleno exercício de circulação econômica. Geralmente quem não deu conta da meta é porque tinha que cumprir metas em duas ou três empresas de ensino (outrora chamadas de escolas ou faculdades), roubando emprego de outros profissionais.

Pelo que se compreende da atual gestão do Ministério da Educação, estudos paralelos têm mostrado que as metas cumpridas podem ser pagas em ouro. Brilhante! O ouro também, mas o adjetivo se refere ao projeto, que amplia as relações internacionais.

Desde que Ouro Preto se chamava Vila Rica que o ouro brasileiro tem frequentado cofres internacionais. Pagar a preço de ouro o salário do cumpridor de metas escolhido pelo Ministério da Educação é também o pagamento de uma dívida histórica, repatriando o ouro nacional, mesmo que a preço de Euro.

Tenhamos fé que o sistema se amplie e chegue até as bases.

Mais fé do que teve o Dallagnol, cidadão de bem, que nem o dízimo do que o Lula pediu ele vai ter que pagar e ainda parece que tem vaquinha pra ajudar o pobretão. Cadê a Justiça pra ajudar o coitadinho?

Em tempo: parabéns pelo centenário do Partido Comunista. Qualquer que seja a sigla hoje, são cem anos de importância histórica na luta política brasileira.

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