A “reabertura” do Museu Mariano Procópio prevista para o próximo dia 7 de setembro acontecerá nos mesmos moldes da retomada das visitas a uma parte do acervo realizada em agosto de 2016, há exatos seis anos. Na ocasião, a Galeria Maria Amália e duas salas anexas receberam a exposição “Esplendor das formas – Esculturas no Museu Mariano Procópio”, que permaneceu aberta ao público até o início da pandemia.
Neste ano, mais uma vez, a Galeria Maria Amália e outras salas anexas serão reabertas com uma mostra específica, no caso, a exposição “Bicentenário da Independência do Brasil – rememorar o Brasil: a independência e a construção do Estado-Nação”. O evento foi anunciado pela prefeita Margarida Salomão (PT), pela diretora do Museu Mariano Procópio, Maria Lúcia Horta Ludolf de Mello, e pela diretora-geral da Funalfa (Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage), Giane Elisa Sales de Almeida.
O período imperial brasileiro integra a maior parte acervo com cerca de 53 mil peças do Museu Mariano Procópio. Os trajes da coroação, da maioridade e do casamento de dom Pedro II e o traje de corte da princesa Isabel estão entre as mais significativas peças guardadas em Juiz de Fora. Há ainda destaque para vários itens do mobiliário da família imperial.
A Villa Ferreira Lage ou “Castelinho”, como também é conhecido o prédio histórico anexo ao Museu Mariano Procópio, não será reaberta, segundo informou a Prefeitura de Juiz de Fora. No início de 2020, após a conclusão de aproximadamente 80% do trabalho de restauro do prédio, iniciou-se a retomada gradual das visitas abertas ao público. O espaço foi novamente fechado em decorrência da pandemia e seguirá ainda sem data para uma nova reabertura.
85 mil pessoas visitaram parte do acervo entre 2016 e 2020
A primeira reabertura parcial do Museu Mariano Procópio aconteceu em agosto de 2016 com a inauguração da exposição “O Esplendor das Formas – Esculturas no Acervo do Museu Mariano Procópio”, possibilitando o acesso do público à Galeria “Maria Amália” e duas salas anexas no Prédio Mariano Procópio, que formam o núcleo original do setor histórico, inaugurado em 13 de maio de 1922.
A mostra apresentou 232 esculturas produzidas ao longo dos séculos, em variados estilos, técnicas e usos. Interrompida em janeiro de 2018, por conta de problemas de ordem sanitária envolvendo a fauna do parque, a exposição foi retomada em maio e seguiu aberta ao público até março de 2020, quando foi interrompida por conta da pandemia. Nesse período, 84.943 pessoas visitaram o espaço.
Além da exposição “O Esplendor das Formas – Esculturas no Acervo do Museu Mariano Procópio”, outras pequenas mostras paralelas compartilharam a Galeria Maria Amália, com as exposições “Diferentes Facetas e Maria Amália” e “Arte do Tempo”. Em dezembro de 2019, o espaço recebeu a apresentação da ópera de Henry Purcell, “Dido e Eneias”, com mais de 200 espectadores. O evento foi uma parceria do Museu Mariano Procópio com a UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) por meio da Pró-Reitoria de Cultura, do Instituto de Artes e Design e do “Projeto Orfeu”.