Holofote

Sinserpu critica mudança de gestão do Pronto Atendimento Infantil

PAI deve ser transferido para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (Foto: Street View/Google)

O Sinserpu-JF (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora) se colocou contrário à proposta de mudança da gestão do PAI (Pronto Atendimento Infantil) que se encontra em fase de análise pela Prefeitura de Juiz de Fora. O processo em estágio avançado, conforme revelou O Pharol, prevê a transferência dos serviços para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ).

Em nota divulgada na tarde dessa quarta-feira (3), o Sinserpu-JF manifestou “posição contrária à medida” e alegou que “sempre luta e defende a valorização do serviço público”. Para a entidade, “a proposta da Prefeitura (de Juiz de Fora) caracteriza e estampa uma notável terceirização no setor”.

O Sinsperu-JF afirmou ainda ser a favor de “melhorias para os usuários” e “de melhores condições de trabalho para os servidores”, mas ponderou que tudo isso é possível sem que haja a “transferência de um serviço do setor público para o privado”. A entidade registrou por fim estranheza pelo fato de o processo não ter sido submetido à apreciação do Conselho Municipal de Saúde.

O novo modelo de gestão, ainda em fase de desenvolvimento, prevê a permanência dos servidores técnicos do município (médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem), ficando a recepção e os demais serviços a cargo do HMTJ. Os trabalhadores públicos, no entanto, querem entender melhor o processo, uma vez que estarão exercendo suas atividades em uma estrutura particular.

A Secretaria de Saúde ainda não se prenunciou sobre a mudança. O Pharol encaminhou questionamentos sobre o processo para a Secretaria de Comunicação Pública no dia 27 de julho, mas não obteve resposta. O Sinserpu (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) e a Comissão de Saúde da Câmara Municipal foram informados da mudança pelos servidores.

No caso dos servidores do município que atendem na unidade, o maior receio é com relação à possibilidade de perda de benefícios. A Prefeitura de Juiz de Fora paga adicional de penosidade, por exemplo, que não é contemplado pela ampla maioria dos hospitais da rede privada. A forma de contrato com o HMTJ também é questionado pelos profissionais, que ainda não entendem como será a gestão com duas folhas de pagamentos: uma pública e outra privada.