Foi na Faculdade de Comunicação da UFJF que, depois de uma disputa pouco amigável pela direção, um professor comentou com outro, que era apoiador da chapa vencedora: agora vocês vão poder… E foi cortado: vocês não: ele; a gente só apoiou a chapa, agora é ele que dirige a faculdade.
Eleição muito madura, que junta um povo só porque é contra outro e depois deixa o vencedor sozinho. Pois ele dirigiu quase abandonado a faculdade e dela saiu pra ser feliz em sala de aula quatro anos depois. Segue maior, mas não foi fácil.
Eleger o Lula é somente o primeiro passo e deixá-lo sozinho não é bom pro país. Há vários outros passos a serem buscados depois do pleito. Seguem alguns de tantos:
- evitar a guerra civil a partir do resultado das urnas
- fazer o outro lado entender que as urnas funcionam
- dialogar com o Centrão
- dialogar com quem não é do Centrão
- entender como estão os ministérios
- aplacar o ódio da população
- impedir os planos do Paulo Guedes até que ele saia do governo
- receber a faixa presidencial (mesmo que o Bolsonaro não queira entregar)
- aprovar a regulamentação da mídia
- suprimir o teto de gastos com educação e com saúde
- restabelecer os direitos trabalhistas e previdenciários
- investir em cultura
- estudar e aprimorar a segurança pública (e não distribuir armas)
- permitir que o brasileiro coma mais frango (é… voltamos a esse ponto…)
- restaurar a credibilidade internacional
- fortalecer o SUS e o SUAS
- investir em educação pública de base tanto quanto na superior
- parar com o garimpo ilegal
- e com tudo de ilegal que fizeram e fazem na Amazônia e no Pantanal
- incentivar a vacinação (Brasil sempre foi referência internacional)
- demarcar terras indígenas
- tirar o Brasil do mapa da fome
- retomar diálogo com a Argentina (maior parceira comercial do Brasil na AL)
- recuperar o controle sobre os preços dos combustíveis
- desnaturalizar absurdos e preconceitos
- combater violências e opressões
- retomar o respeito pela imprensa
- educar politicamente a população brasileira
Nada precisa seguir a ordem acima, mas, se o Brasil conseguir alcançar o último item, temos esperança de um futuro democrático.