Conjuntura

Juiz-forana presa em atos golpistas deixa comando de entidade responsável por creches

A juiz-forana foi presa no dia da invasão e depredação de prédios na Praça dos Três Poderes (Foto: Marcelo Camargo/AgBr).

Quatro dias após os atos do dia 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília, a Receita Federal registrou um pedido de alteração do quadro de sócios e administradores da Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes. A entidade é responsável pela gestão de creches para a Prefeitura de Juiz de Fora.

Então presidente da associação, Joanita de Almeida, que foi presa durante os distúrbios no Distrito Federal, foi substituída por Simone Aparecida Neto. O termo de colaboração celebrado entre a Prefeitura de Juiz de Fora e a Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes, publicado na edição dos Atos do Governo dessa terça-feira (7), no valor de R$ 817.898,07, já foi assinado pela nova dirigente.

Joanita de Almeida e Simone Aparecida Neto aparecem no banco de dados da Receita Federal como sócias na empresa Friston Mercearia Ltda, que encerrou as atividades em 2021. O Pharol tentou falar com Simone Aparecida Neto por meio do telefone da entidade, mas as ligações não foram atendidas.

Joanita de Almeida teve sua prisão temporária convertida para preventiva por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes no final do mês de janeiro, segundo informou o jornalista Ricardo Ribeiro, do Portal Acessa.com. Ela segue presa em unidade do sistema prisional do Distrito Federal.

A defesa de Joanita de Almeida não foi encontrada para comentar sua saída da Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes. Ela ainda segue como vice-presidente do Conselho de Alimentação Escolar e titular do Conselho Municipal de Segurança Alimentar, além de se manter na presidência da Associação Brasileira de Apoio às Entidades Beneficentes.

Por ocasião da prisão de Joanita de Almeida no dia 8 de janeiro, a Prefeitura de Juiz de Fora informou que “não possui qualquer vínculo jurídico ou político com a referida pessoa física, não havendo motivo, portanto, para comentar eventuais crimes apurados durante os atos terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro.”

O Executivo também considerou que “a Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes é uma entidade cuja natureza é de pessoa jurídica, base para o credenciamento junto a Prefeitura, não devendo a mesma ser confundida com atitudes e opiniões individuais de pessoas que eventualmente venham a integrar o seu quadro.”