Holofote

Ex-presidente veta nome escolhido para suceder Juanito Vieira no PT

Chico Oliveira, ex-presidente do diretório local do PT, questionou indicação de nome ligado ao ex-deputado Biel (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

Em busca de um nome de consenso para suceder Juanito Vieira na presidência do diretório municipal do PT, o entorno da prefeita Margarida Salomão (PT) lançou o nome da pedagoga Fabiana Rabelo dos Santos, que é ligada ao secretário especial de Direitos Humanos, Gabriel dos Santos Rocha.

Embora tenha agradado a maioria das tendências do partido, a indicação acabou encontrando resistência na DS (Democracia Socialista), que tem entre seus membros, além da própria Margarida, a deputada federal Ana Pimentel e a vereadora Laiz Perrut. Chico Oliveira, que já presidiu o partido, foi a voz dissonante.

Para tentar formar consenso em seu grupo, a prefeita pediu mais tempo ao atual comando da legenda. Como o prazo para os diretórios municipais se manifestarem sobre a realização ou não do processo de eleições diretas se encerrou no último dia 20 de julho, Juanito Vieira agora terá que renunciar se quiser mesmo deixar a função.

Seu mandato começou em 2019 e poderia chegar até 2025 a reboque da extensão dos mandatos da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e de todos os diretórios estaduais. Em maio, no entanto, ele anunciou que deixaria o comando do diretório local no prazo previsto no estatuto.

Juanito Vieira é ligado à tendência O Trabalho, mesmo grupo do deputado estadual Betão e da vereadora Cida Oliveira. Aos seus interlocutores, ele justificou a decisão pelo fato de ter planejado sua vida pessoal e profissional para exercer a função por apenas um mandato. No período, aconteceram as eleições de Margarida e do presidente Lula.

Embora não verbalizada por Juanito Vieira, a situação financeira do diretório do PT de Juiz de Fora é apontada por outros dirigentes com um dos complicadores para sua permanência. Em dezembro de 2022, a direção local anunciou o fechamento do imóvel da sede partido por falta de recursos, que estão sendo destinados ao pagamento de cobranças judiciais.