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Tá na hora do esquenta pro Carnaval

Em alguns lugares, o pré-Carnaval é até melhor do que o Carnaval em si. Mais ainda em Juiz de Fora, onde o pré-Carnaval é o Carnaval em si. O Carnaval mesmo é em tom de dó.

Outro dia, na Conferência Nacional de Educação (Conae 2024), o presidente Lula falou um pouco de educação e muito de democracia. Disse que tanta gente estava ali discutindo educação desde as bases, dos encontros municipais e estaduais, que ele falar de educação para essas pessoas não seria justo. Preferiu falar de democracia.

Democracia, explicou o presidente, é uma palavra que seu antecessor não conhece. Essa ignorância do termo tem uma explicação etimológica.

Democracia, a palavra e o conceito político, vem do grego. Se a definição de lá incluía homens livres e brancos nascidos em Atenas, a daqui, no pós-Revolução Francesa, envolve um pouco mais de gente. Quando descobriu que Democracia vinha de Demos, Bolsonaro deve ter achado legal, mas explicado que o Demos era o povo, primeiro concordou e depois voltou a estudar a letra A.

Sem se preocupar com o Kracia, lá na letra K, se apegou a Autocracia e ficou por isso mesmo, já que não foi reeleito, ou poderia querer estudar novamente a letra D, de Ditadura.

No processo de alfabetização, o ex-presidente seguia as instruções do Pelé com o ABC, mas estava demorando muito e preferiu revogar esse direito que toda criança tem de aprender e não apenas cortou verbas da educação como procurou outra forma de ficar inteligente.

Ignorou o ABC e quis ir direto para o I, apropriando-se da Abin. Porém, havia gente com domínio do I antes dele e chegou até onde estavam os computadores e, ao que tudo indica, ele junto. Aproveitando que todo mundo saía de casa para curtir o pré-Carnaval, entrou com a fantasia de inocente numa lancha, enfiou o motor entre as pernas e sumiu.

Se quiser curtir um bom pré-Carnaval, pode aparecer em Juiz de Fora, tem muito bloco descendo o Calçadão.