Conjuntura

Obras do hospital regional serão retomadas no 2º semestre, mas previsão de término é para 2025

Área onde se localiza o hospital regional será repassada ao estado, que dará prosseguimento as obras (Foto: Leonardo Costa)

As obras para construção dos hospitais regionais de Juiz de Fora, Divinópolis, Teófilo Otoni, Sete Lagoas, Conselheiro Lafaiete e Governador Valadares serão retomadas no segundo semestre, com previsão de término para até 2025. A informação foi anunciada pelo governador Romeu Zema (Novo) durante entrevista ao jornal O Globo.

Ao se questionado sobre a estrutura de saúde pública do estado, Zema disse que “o plano agora é retomar no segundo semestre as obras dos seis hospitais regionais, com 400 a 500 leitos, que foram paralisadas há sete, oito anos atrás. Em até três anos eles já estarão operando”.

O plano do governo para conclusão dos seis hospitais envolve a estadualização dos terrenos, atualmente em posse dos municípios. No caso de Juiz de Fora, a Câmara Municipal já autorizou o repasse da área e dos imóveis situados na Rua Henrique Burnier, no Bairro São Dimas, para o estado.

A transação foi avaliada em R$139 milhões e contempla a dívida do município com a Secretaria de Estado da Saúde, que havia passado os recursos para construção do hospital regional, o que acabou não acontecendo. A não conclusão das obras e o seu abandono pelo município é alvo de uma ação do Ministério Público.

Os recursos necessários para obras e equipamentos de cinco desses hospitais, no total de R$ 985.935.049,39, virão da indenização de R$ 37,7 bilhões que a Vale começou a pagar ao estado pelo rompimento da barragem em Brumadinho, tragédia ocorrida em 2019 que matou 270 pessoas. Outros R$ 129 milhões, destinados à unidade de Governador Valadares, virão de um acordo com a Fundação Renova.

Gestado como Hospital da Zona Norte em meados da segunda administração Alberto Bejani (2005-2008), o Hospital Regional de Juiz de Fora dominou a campanha sucessória municipal de 2008. Eleito, Custódio Mattos iniciou as obras em 2010. Dois anos depois, elas foram paralisadas.

Retomadas em 2013, já com o prefeito Bruno Siqueira, foram paralisadas novamente em 2015 e definitivamente em 2017. Em todas as idas e vindas, como acontece hoje, as obras do hospital regional frequentam os programas de governos de candidatos. Caso sua estrutura seja concluída mesmo até 2025, ainda será necessário definir um modelo de gestão.