O presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu repetir sua performance de 2018 em Minas Gerais após quatro anos de mandato. Ele perdeu 8,39% dos votos válidos dos mineiros no segundo turno entre uma eleição e outra. A diferença seria suficiente para Bolsonaro voltar a vencer no estado e reduzir pela metade a vantagem conquistada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro viu sua votação reduzir no segundo turno em todas as regiões do estado quando comparado a 2018. No Sul de Minas e no Centro, cerca de 10% do eleitorado presente em sua eleição não referendou sua permanência no cargo. Na Zona da Mata, onde o atual presidente foi eleito com menos de 50% dos votos, sua votação caiu para perto de 40% na tentativa de reeleição.
Nos municípios onde Bolsonaro obteve seu melhor desempenho há quatros, sua votação também desidratou. Em Perdigão, o atual presidente caiu de 83,39% dos votos válidos para 75,52%. O mesmo aconteceu em Monte Sião, onde a queda foi de 82,80% para 76,47%, em Jacutinga (81,75% para 72,29%), em Ibitiúra de Minas (80,56% para 71,62% ) e em Santa Rita do Sapucaí (80,25% para 66,56%).
Especificamente em Juiz de Fora, Bolsonaro saiu de 52,36% dos votos válidos conquistados no segundo turno de 2018 para 43,91% obtidos no último dia 30. Caso ele tivesse conseguido manter a performance de sua eleição no município, sua diferença para Lula em Minas Gerais seria reduzida pela metade.
Queda de Bolsonaro no 1º turno foi menor
A votação de Bolsorano em Minas Gerais no primeiro turno também caiu em relação à mesma fase das eleições em 2018, mas de forma menos acentuada. Em algumas regiões, caso do Norte de Minas e dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, o atual presidente agora conseguiu até ampliar seu eleitorado em 0,66% e 1,18%, respectivamente.
A vantagem obtida nessas regiões, onde tradicionalmente o PT consegue melhor desempenho, não foi suficiente para reverter o movimento de queda. Em todo o estado, Bolsonaro terminou o primeiro turno com 4,71% a menos de votos do que em 2018. Sua maior desidratação foi na região Central e no Triângulo Mineiro. Na Zona da Mata, a queda foi de 3,23%,
