Porque, num país em que a cobertura vacinal infantil despencou para níveis assustadores, é incompreensível que, logo na vez dos pequeninos, não haja uma ampla campanha de divulgação.
Do golpe de 2016 em diante, ladeira abaixo foi o que desceu o país, mas não sem que a batida do confronto entre povo e governo reverberasse.
Completou-se um ano desde que a vacina contra a Covid-19 começou a ser aplicada no país. Meu filho de 1 ano e 3 meses, porém, não se vacinou. Ele e milhões de bebês que ainda esperam sua vez.
“O que significa a vitória de Jair Bolsonaro para os povos indígenas?”, perguntou o mediador sobre o governo que mal havia completado seis meses. Aparecida não titubeou: “Uma tragédia”.
Esse mesmo céu ainda levaria muitas horas para clarear de novo quando Lula desceu a rampa que subira oito dias antes, igualmente acompanhado, então do povo brasileiro.
Ficção ou não, Fernando resumiu bem: é história e bonita. Ao contá-la e, com ela, homenagear o Piauí, o presidente da República escolheu mais do que uma caneta para assinar o termo de posse.
Até a semana passada, a organização do evento calculava receber 750 caravanas partindo de várias regiões do país.
Mal me lembro dos réveillons que aconteceram de Temer para cá. Menos ainda, a partir de Bolsonaro, de a data, expectante por natureza, ter evocado alguma esperança.
A culpa é da sua negligência, da sua omissão, do seu deboche, do seu desincentivo às medidas de enfrentamento à pandemia, do seu atraso na vacinação, da sua recusa em vacinar as crianças pequenas.
No aniversário de 80 anos do meu avô, foi a última (e acho que a única) vez que a família inteira se reuniu, na expectativa de que não haveria outro ano a comemorar. Não houve.